quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

NARUTO MANGÁ



NARUTO MANGÁ
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Antes de começar a falar do Mangá, é importante informar que o mesmo está sendo publicado no Brasil, pela editora Panini Comics.
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O mangá custa apenas R$ 9,90, possuindo 192 páginas. Essa é a capa do Volume 8, o último lançado no dia 20/12/2007 (até a data desse post, claro.). Existem muitos fansubs por aí que divulgam o mangá na internet acompanhando de perto os últimos lançamentos do Japão. Acompanhar o mangá por eles é bom, pois deixa-nos inteiramente ligados no que está acontecendo, quase que simultaneamente com o povo nipônico, porém, é indispensável que se compre o mangá. A qualidade da imagem é muito boa, superando, óbvio, e muito, os mangás publicados na internet, e comprá-los é uma contribuição importante para a obra.
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Uma coisa que eu gosto muito nos mangás de Naruto é a mistura, com sucesso, de simplicidade e complexidade. Simples, pois não possui sombras no corpo do personagem. Observem os cabelos e a roupa de Sasuke. E complexa pela movimentação. Os riscos direcionados são frequentemente usados em mangás para demonstrar essa movimentação e essa velocidade, e aqui não é diferente. Vemos no Haku um acúmulo grande de riscos direcionados que indicam a posição em que ele estava e a posição que ele assumiu após o ataque. Em Naruto, ao contrário de muitos outros mangás, essa quantidade de riscos pode ser considerada excessiva, porém, ainda assim, é através dela que eu vejo seu valor. Cada um desses detalhes faz o mangá possuir a qualidade de mangá de luxo, mesmo não sendo.
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Outra grande qualidade do mangá é a capacidade de Masashi Kishimoto, seu criador, de fazer cenas dramáticas, utilizando, até mesmo, de ângulos cinematográficos. Nessa ilustração de página dupla, por exemplo, ele não só faz o uso de luz e sombra nas roupas dos personagens como também explora um ângulo curioso, como se a “câmera” estivesse aos pés dos personagens. Ele consegue, até, ilusionar a distorção do globo ocular, observada em câmeras por lentes grande angulares, a qual faz com que o corpo dos personagens se inclinem, do chão até o céu, em forma de pirâmide, e não paralelamente. É um ângulo espetacular, dentre tantos outros que o Kishimoto faz tão bem…
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Isso é o que eu chamo de façanha. Como desenhista de mangá eu posso afirmar a dificuldade em se criar uma imagem desse porte. Trata-se da técnica de Gaara, onde ele cria um olho usando sua areia, e, fechando um de seus olhos com os dedos indicador e médio, pode enxergar o que o olho de areia está vendo. Ou seja, aqui nessa cena, o Gaara está vendo a si mesmo através desse olho. Falarei mais para frente sobre os jutsus do Gaara, mas agora o interessante é perceber a técnica do desenhista. Aqui ele não usou ponto de fuga, nem qualquer outra técnica convencional de desenho. Ele conseguiu simular a visão distorcida de um globo ocular que enxerga a 180º. Percebemos principalmente pelo teto e pelo examinador de fundo, o qual estaria de ponta cabeça, o quanto essa distorção requer estudo e perspicácia.Também não existem riscos retos, mas sim, apenas curvas direcionadas como se fossem formar um globo…
Definitivamente, como desenhista, eu tenho que admitir. Na minha opinião, Masashi Kishimoto possui um nível de desenho semelhante ao de mestres como Akira Toriyama e Masami Kurumada.

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